Contribuir para a Prevenção da Violência de Gênero e Intrafamiliar

Formando jovens que se relacionem com igualdade e respeito, e sejam capazes de enfrentar o problema no seu entorno e no dia a dia.

Sobre o Projeto

Se Liga Moçada:

O projeto surge como braço de prevenção à violência contra a mulher do Programa Bem Querer Mulher de iniciativa do INDES – Instituto para o Desenvolvimento Sustentável. Pautado na necessidade desenvolvermos estratégias de prevenção à violência contra a mulher e intrafamiliar, o projeto trabalha para que os jovens, conscientes dos perigos da cultura machista, descubram outra forma de se relacionar, pautada na igualdade e respeito entre eles, de tal forma que a violência de gênero, especialmente contra a mulher, sequer aconteça. Deste pensamento nasceu em 2018 o Projeto Se Liga Moçada.
Neste mesmo ano, foi realizada a primeira edição do Se Liga Moçada, que atua junto aos jovens aprendizes em parceria com o CIEE, por meio de uma equipe de instrutores e palestrantes com formação em gênero através de oficinas, vivências, palestras, teatro e debates.
O projeto alcançou mais de 21 mil aprendizes em 2024.

A Importância do Projeto:

A adolescência e a juventude são fases nas quais ocorrem desenvolvimento evolutivo do indivíduo, caracterizado por uma revolução biopsicossocial que marca a transição do estado infantil para o estado adulto.
E é justamente nessa transição que o comportamento agressivo e desqualificador pode vir a se instalar no jovem que cresce num ambiente machista. Os atos que julgamos agressivos não são nada mais que modelos de relação de violência que são apresentados diariamente como normais dentro da família, na sociedade e também na mídia como aspirações sociais e afirmação de poder. Nesse mesmo período, a mulher pode se tornar passiva a pequenos atos machistas e agressivos por parte dos homens.
Isso se agrava ainda mais quando vemos que o Brasil mantém a triste marca de 5º lugar em números de feminicídios no mundo e que segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública houve aumento em 0,8% no número de feminicídios no Brasil. Os números de feminicídios tentados chegaram à marca de 7,1% dos casos registrados em 2024. 63,6% das vítimas assassinadas eram negras e em 71,1% dos casos de feminicídios as vítimas tinham entre 18 e 44 anos.
Em 2024 37,5% das mulheres brasileiras sofreram algum tipo de violência ou agressão. 8,9 milhões de mulheres sofreram agressão física, 8,5 milhões de mulheres sofreram stalking, 5,3 milhões de mulheres sofreram ofensas sexuais e 1,5 milhão de mulheres teve divulgação de fotos ou vídeos íntimos na internet. Em 40% dos casos o agressor o parceiro íntimo e em 26,8% dos casos o ex-parceiro íntimo. Em 57% dos casos a agressão ocorreu em casa. Também 49,6% das mulheres foram vítimas de assédio no último ano, 40,8% dos casos recebeu cantadas e comentários desrespeitosos quando andavam na rua.
Com o Projeto “Se Liga, Moçada” reafirmamos o nosso compromisso com a dignidade humana, com o cumprimento da Constituição Federal do Brasil de 1988, com a Lei Maria da Penha nº 11340/06, com os 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável, sobretudo, com o 5º objetivo que trata da Igualdade de Gênero e entendemos a importância do mesmo como ferramenta de educação para a prevenção da violência de gênero e intrafamiliar.

O que oferecemos ?

Em sala de aula, os jovens são convidados a refletirem sobre os temas abordados. Para isso, são disponibilizados pílulas educativas gravadas por jovens e especialistas. Depois são convidados a desenvolverem atividades criando produtos com efeito multiplicador, como vídeos, músicas, poemas, artes, posts para redes sociais, entre outros. As atividades são divididas em módulos e inclui pesquisa de satisfação e avaliação de impacto do projeto na vida e no comportamento dos aprendizes.

Objetivo

Engajar jovens na prevenção da violência de gênero e intrafamiliar, fortalecendo-os para que desenvolvam relações pautadas em igualdade e respeito, para o enfrentamento do problema no seu entorno e no dia a dia.

Metodologia

O projeto Se Liga Moçada é desenvolvido por especialistas na área de violência contra a mulher e intra-familiar, que constroem um conteúdo específico para dialogar com os jovens, observando temas como:  masculinidade tóxica; relações abusivas; violência de gênero e intrafamiliar; Lei Maria da Penha e os tipos de violência; e, ciclo da violência.

Em seguida os educadores são treinados para aplicar o conteúdo em sala de aula, garantindo a escalabilidade do projeto e a própria autonomia de cada educador. Depois são feitos treinamentos com familiares, assistentes sociais, gestores de forma que eles estejam preparados para dialogar e acolher os jovens beneficiários, e estimular a reflexão contínua sobre o tema.

Por último, os jovens são chamados a compartilhar este conhecimento através de diferentes trabalhos. 

Para apoiar este processo são  produzidos e entregues a cada ano:

    • Pílulas em vídeo roteirizadas e produzidas pelo projeto, protagonizadas por jovens;
    • 4 planos de aulas com carga horária total de 16h;
    • 1 caderno de apoio para educadores;
    • 1 caderno de apoio para os jovens;
    • Pasta com diversos vídeos ligados aos temas abordados nos planos de aulas;
    • Foi encaminhado também link da cartilha namoro legal para os aprendizes;

Nossa Equipe

 João Santos

João Santos

Direção Geral

Marina

Marina

Gerente

Ana Claudia Victoriano

Ana Claudia Victoriano

Coordenadora Pedagógica

André Alckmin

André Alckmin

Analista de Monitoramento de Projetos

Resultados alcançados

As pesquisas realizadas junto aos jovens participantes do Se Liga Moçada desde 2018, demonstraram que estamos no caminho certo, pois revelaram que o projeto provocou um impacto muito relevante na visão e no comportamento desses jovens.

Confira os resultados alcançados nestes anos:

Conforme o conteúdo e metodologia proposta em 2024 foi possível perceber que fizemos uma ampla discussão sobre machismo, patriarcado e os tipos de violência contra às mulheres e, sentimos a necessidade de ir além do básico, aprofundando em conteúdos como o Stalking e Crimes Virtuais, pois para além de modalidades novas de crimes, os aprendizes podem estar mais suscetíveis a passar por esses crimes, pois utilizam muitas horas do dia se comunicando e também se relacionando com outras pessoas por meio digital. E isso fica evidente, pois perguntamos sobre o tema e o quanto viam deste conteúdo em redes sociais:

    • 60% dos aprendizes já tinham tido contato prévio sobre violência de gênero e intrafamiliar; 99% já tinham ouvido falar da Lei Maria da Penha; 96% compreendem que é uma Lei para a proteção das mulheres.
    • 62% dos aprendizes já tiveram contato com o tema em redes sociais; 54% viram discussões sobre o tema no Instagram; 45% disseram que eram histórias ou testemunhos pessoais.

Também houve encontros com os familiares desses aprendizes e ficaram satisfeitos com o conteúdo proposto e como o CIEE estava se preocupando com os jovens de forma integral.

    • 69% acharam muito boa a participação dos filhos ou familiar nessas atividades. E para 52% houve mudança no comportamento dos mesmos com relação à construção de relações igualitária e respeitosas.

As atividades propostas versus às devolutivas dos aprendizes, instrutores e familiares mostraram o quão importante foi a realização desta edição.  As propostas trouxeram luz a temas com linguagem acessível e didática e a metodologia das atividades facilitaram o processo de ensino-aprendizagem. A comunidade CIEE envolvida percebeu a gravidade da violência de gênero e intrafamiliar que acontece no cotidiano de diversas famílias brasileiras. 

O Projeto proporcionou a reflexão dos aprendizes a fim que busquem relações igualitárias, respeitosas e sem violência. Esperamos, ainda, fazer com que esses jovens possam colaborar com a mudança cultural do nosso país, que atualmente banaliza e naturaliza a violência contra às mulheres todos os dias e que faz do nosso país o 5º no mundo com mais casos de feminicídios.

Falando um pouco sobre o impacto deste projeto, gostaríamos de destacar que para os aprendizes:

    • 84,94% consideram que este projeto teve impacto significativo na promoção de relações igualitárias e respeitosas;
    • 68,68% consideram que projeto teve impacto em suas próprias vidas e atitudes em relação à violência de gênero e intrafamiliar,
    • 94,40% consideram mais conscientes sobre o tema da violência contra mulher e intrafamiliar.

Para os instrutores:

    • 87% dos aprendizes demonstraram interesse ao conteúdo proposto;
    • 92% discutiram o conteúdo;
    • Em 62%, perceberam mudança na conscientização dos jovens sobre a violência de gênero e intrafamiliar.

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